domingo, 10 de janeiro de 2010

Caça Planetas



O centro de pesquisas do cientista é responsável pelo telescópio Kepler, que está fazendo um intenso censo planetário de uma pequena parte da galáxia. Diferentemente do telescópio espacial Hubble, que é um instrumento genérico, o Kepler é especializado em busca de planetas.

Seu único instrumento é um sensor que verifica a luminosidade de mais de 100 mil estrelas ao mesmo tempo, atento a qualquer coisa que bloqueie essa luz. Isso frequentemente significa um planeta passando em frente à estrela.

Qualquer planeta que pudesse suportar vida seria quase com certeza rochoso, ao invés de gasoso. E precisa estar no local certo. Planetas muito próximos de uma estrela será muito quentes também, e aqueles muito distantes são muito frios. "Em cada lugar que procuramos, encontramos um planeta", diz Scott Gaudi, astrônomo da Universidade de Empire State. "Eles aparecem em todo tipo de ambiente, todo tipo de lugar."

Os pesquisadores estão encontrando exoplanetas em uma velocidade muito grande. Nos anos de 1990, eles encontravam cerca de um par de novos planetas por ano. Mas por quase toda a última década, já se chegou a um par desses planetas por mês. E neste ano, os planetas estão sendo encontrados em uma base diária, graças ao telescópio Kepler.

O número de exoplanetas descobertos já passou bem dos 400. Mas nenhum deles tem os componentes certos para a vida. Isso está para mudar, dizem os especialistas. "Com o Kepler, nós temos fortes indicações de planetas menores em grande quantidade, mas eles ainda não foram verificados", diz Geoff Marcy, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Ele é um dos "pais" da área de estudos para a caça a planetas e um cientista do telescópio Kepler.

No entanto, há uma grande dificuldade. A maioria dos primeiros candidatos a exoplanetas encontrados pelo telescópio Kepler estão agora sendo identificados como outra coisa. Ao invés de planetas, por exemplo, percebeu-se, que eram na verdade uma estrela cruzando o ponto de vista do telescópio, diz Bill Borucki, um dos mais importantes cientistas do Kepler.

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