terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

eletromagnetismo

De maneira ainda desconhecida, a eletricidade em uma tomada na parede parece intimamente ligada ao sistema nervoso dos seres humanos, embora a ciência pareça relutante em reconhecer o equivalente biológico. No entanto, existiram algumas pessoas cujas “baterias” eram de natureza incomum e sobrecarregadas, como as de Angelique Cottin, garota francesa de 14 anos, cujas inexplicáveis propriedades eletromagnéticas foram objeto de estudo por parte da Academia de Ciências. A partir do dia 15 de janeiro de 1846, e durante as dez semanas seguintes, Angelique deixou ponteiros de bússolas completamente malucos. Objetos, e até mesmo móveis pesados, afastavam-se a seu toque e vibravam em sua presença. Quaisquer que fossem suas estranhas forças, a Academia resolveu chamá-las de “eletromagnetismo”. A força parecia ter origem no lado esquerdo da jovem, conforme opinião de especialistas, particularmente no cotovelo e no pulso. Além disso, os poderes da garota pareciam aumentar de intensidade a noite. Durante um ataque, Angelique costumava ter convulsões, e a pulsação do coração chegava a 120 batidas por minuto. Outro ser humano supercarregado foi a adolescente americana Jennie Morgan, de Sedalia, Missouri, que, supostamente, emitia faíscas de descarga elétricas entre ela e qualquer pessoa que se aproximasse, chegando, algumas vezes, a deixar inconscientes as pessoas. Os animais ficavam agressivos e fugiam a sua presença. Certa jovem de Ontário chamada Caroline Clare passou a demonstrar sintomas similares, logo após um mal não diagnosticado, durante o qual ela passou a descrever lugares que, na realidade, nunca estivera. A doença durou um ano e meio. Quando os sintomas desapareceram, a pequena ficou de tal forma magnetizada que os talheres colavam em seu corpo com tanta força que precisavam ser puxados por outra pessoa. Caroline também foi motivo de estudos, dessa vez realizados pela Associação Médica de Ontário. A mais poderosa bateria humana deve ter sido Frank McKinstry, de Joplin, Missouri. Era tão carregado de energia que chegava a grudar no solo. Se McKinstry parasse de caminhar, por exemplo, era incapaz de dar mais um passo, a amenos que outras pessoas o levantassem do chão, interrompendo o circuito elétrico.

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